setembro 19, 2015
Outono
Nós nos preocupamos tanto com o que o outro fala. Porém na maior parte das vezes não nos importamos com o que o "coleguinha" acha da nossa opinião.
Chega a ser algo meio complexo.
Muitas vezes me contenho em usar algo que gosto, porque alguém por ali disse que é feio.
Talvez não o use por medo de ser discriminado. Não sei.
Mas mantenho meu orgulho em dizer o que penso, o que muitas vezes nem é sincero, somente digo por dizer.
Se eu pensei eu devo falar.
Deve ser a filosofia menos pregada e a mais exercida.
Isso me faz comparar-nos com o outono, momento em que as árvores perdem a sua beleza exterior, aquela belíssima quantidade de folhas em cores vibrantes inimagináveis, que nos encantam, para então mostrar-se como verdadeira árvore, sem folhas ou até mesmo cor. Na verdade isso não acontece com todas, e da mesma forma somos nós. Em algum momento a nossa capa cairá e mesmo que seja por um curto período mostraremos que somos realmente.
E quem somos nós para nos julgar?
O que posso falar do que já fiz de mau ou bom a alguém?
Ou do que já fizeram para mim?
Não há resposta correta. Muito menos errada.
Só há um espaço em branco destinado a sei lá o que, e o que nós fazemos? Destruímos.
Ninguém respeita nada.
A gente faz o máximo que pode.
A gente finge.
Força alguma reação positiva em relação ao que o outro fez.
Isso é o que a gente faz.
E no final das contas acreditamos estar em um grupo social que nos aceite, mas o mesmo não dá a mínima se estamos dentro ou fora. Ok. Vamos supor que alguns percebam a sua presença. Presença que poderá ser percebida somente com alguma participação, talvez. Uma daquelas bem importante.
No final das contas o grupo os converterá, os que se preocupam com a sua saída, em seres "só a casca", sem amor e talvez sem sentido. Você ainda será o mesmo, mas para eles não.
Seremos conhecidos como "tolos ingratos".
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